Rio Rio, recém Presidente do PSD e ainda e eternamente à procura do seu lugar, aconselha os políticos a ficarem longe do futebol, seguindo o seu exemplo, aparentemente. Rio parece querer criticar quem se aproveita politicamente dos êxitos no mundo do futebol. Fica-se no entanto sem perceber a correlação entre esse aproveitamento e a entrada de meia centena de criminosos na Academia do Sporting. Talvez fosse mais certeiro falar na responsabilidade dos dirigentes desportivos e dos políticos que dão cobertura a um mundo à margem da lei.
Também não se entende se era suposto os políticos ficarem agora no silêncio - um silêncio que seria forçosamente comprometedor e inaceitável tendo em consideração a gravidade dos factos.
É evidente que todo este show de Rio prende-se com a necessidade de lembrar a sua existência, recordando também a sua própria conduta em relação ao Futebol Clube do Porto. Com efeito, Rio afastou-se, e bem, do futebol tantas vezes conspurcado pela corrupção e pelo crime generalizado. No entanto, vir agora exibir a conduta, sobretudo agora que muito se está a desmoronar, é puro exibicionismo barato - exercícios tão necessários ao anódino líder social-democrata. De resto, não é de estranhar que quando os jornalistas lhe pediram soluções para o problema, a resposta tenha sido: "Deve ser debatida por agentes políticos e desportivos, uma atitude que acabe com isto". Obrigada Sr. Rui Rio, foi uma grande ajuda!
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