Anthony
Scaramucci, director de comunicação da Casa Branca, representa um
exemplo máximo do grau de degradação que atingiu a Administração
Trump e, por inerência, a própria democracia americana, que se
transforma numa espécie de nepotismo circense, depois de passar pela
longa fase de oligarquia, discreta, o quanto baste.
Scaramucci
foi entretanto afastado do cargo, depois de proferir o maior de rol
de ofensas de que há memória entre membros próximos de um
Presidente e mais grave: toda essa brejeirice foi dirigida a membros
desta Administração. O director de comunicação durou dez dias,
apenas dez dias, mas a impressão de que deixou será indelével:
Scaramucci é e continuará a ser apreciado por Donald Trump e apenas
foi afastado por pressão e imposição do novo chefe de gabinete do
Presidente Americano. Se dependesse apenas de Trump, o agora
ex-director de comunicação continuaria a proferir frases como "I'm
not Steve Bannon, I'm not trying to suck my own c...."
E
é assim que vão as coisas do outro lado do Atlântico, um país
atolado em níveis de mediocridade e populismo sem precedentes e
obrigado a assistir a um espectáculo verdadeiramente deplorável.
Torna-se pois impossível não reconhecer os danos que todo este
abjecto espectáculo provoca na democracia americana que, embora
tenha andado longe da perfeição, não merecia, ainda assim, tudo
isto. Aliás nenhuma democracia merece.
Entretanto,
as estranhas relações entre a Administração Bush e a Rússia
conhecem novos desenvolvimentos com a Rússia a expulsar uma
quantidade incomensurável de diplomatas americanos de solo russo.
Tudo se resume “a um grande dia na Casa Branca"
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