Está
confirmado, Donald Trump, o Presidente do carvão, retirou os EUA do
Acordo de Paris sobre as alterações climáticas. Recorde-se que
Obama tinha assinado o acordo, considerado histórico, mas ainda
assim insuficiente. A decisão desta Administração americana não
surpreende. Trump, em campanha eleitoral, desacreditou por inúmeras
vezes o assunto, chegando mesmo a afirmar que as alterações
climáticas eram "invenção dos chineses". Por outro lado,
o Presidente americano mostra-se um fervoroso adepto do carvão (sim,
é mesmo verdade) e tem retirado apoios às energias renováveis.
Recorde-se
também que o Acordo de Paris tem como objectivo reduzir
substancialmente a poluição ambiental, com especial foco na emissão
de gases com efeito de estufa, considerados os causadores das
alterações climáticas. 185 países assinaram, ficando de fora a
Síria em guerra e a Nicarágua por considerar que o Acordo não ia
suficientemente longe. A estes países junta-se agora os EUA. De
resto, a decisão tem como efeito imediato o isolamento inexorável
dos EUA, retirando-o da liderança de políticas essenciais, ficando
essa tarefa entregue à China, UE ou Rússia.
Este
é um verdadeiro retrocesso civilizacional e uma forma de condenar o
planeta a níveis de degradação que poderão redundar na completa
incapacidade de servir como casa de todos nós. Este é também o
resultado de colocar alguém megalómano, mas com um cérebro do
tamanho de uma ervilha à frente de um país como os EUA,
paradoxalmente, o segundo país que mais polui. Tudo para agradar a
alguns republicanos, a alguns Estados americanos e àquela minoria
que obtusamente o apoia.
Colocam-se
agora várias questões, das quais assinalo uma em particular: e se
outros seguem este exemplo? o que fazer quando um plano que é por
muitos especialistas considerado insuficiente tiver agora novos
entraves, desde logo a perda de mais tempo? Tempo que já não
abunda.
O
que dizer da adopção de medidas que contribuem para a nossa
extinção? Quão estúpido pode ser alguém? Aparentemente não há
de facto limites para a estupidez.
Assistimos
pois a uma posição que é um desastre para todos nós e para as
gerações vindouras - um supremo acto de egoísmo.
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