Portugal,
sobretudo nos últimos quase quatro anos, enveredou por um caminho
contrário ao do desenvolvimento. Existe um vasto consenso acerca da
importância da educação, da ciência e do avanço tecnológico
para o desenvolvimento dos países. De resto, essa tem sido a chave
que explica o avanço dos países.
Em
Portugal, a coberto da crise e da troika, o desinvestimento nas áreas
acima referidas tem sido muito significativo. É a ideologia bacoca a
funcionar; a crise e a troika são pretextos para se aplicar
políticas que de outra forma seriam mal recebidas.
O
país político não tem estratégia nem tão-pouco interesse em
retomar o caminho do desenvolvimento, sobretudo o actual Governo;
quanto ao resto, também não parece particularmente preocupado com o
desinvestimento operado nas referidas áreas. É assim um país que
se despediu do futuro,
No
Capital no Século XXI, Thomas Picketty insiste na importância da
educação, da ciência e do avanço tecnológico como instrumentos
essenciais para o desenvolvimento das economias e para a mitigação
das desigualdades, não descurando o factor
chave
que é o poder político
e, naturalmente, as suas decisões. Muito mais do que um país viver
de investimento estrangeiro, tantas vezes resultando
em situações que raiam a neocolonização, é a educação, a
ciência, avanço tecnológico e cultura que fazem toda a diferença.
Comentários